segunda-feira, 26 de junho de 2017

SERIGRAFIA EM GOIÁS I

No estado de Goiás, o processo de desenvolvimento artístico toma impulso e fôlego com maior vigor, somente no decorrer da década de 1950, já que seu início, de forma um tanto tardia, só veio a acontecer em princípios da década anterior incentivado principalmente pela transferência da capital, da antiga Vila Boa (cidade de Goiás) para Goiânia, pelo batismo cultural acontecido em 1942 e pela vinda para a nova capital de profissionais e técnicos – arquitetos, engenheiros, professores – que, até mesmo por interesse próprio, se dedicaram a promover os movimentos artísticos e culturais da nova capital. E, se na década de 1940 atuam nas artes goianas nomes como José Amaral Neddermeyer, Jorge Felix de Souza e José Edilberto da Veiga, entre outros, a década de 1950 vai trazer para as artes goianas dois dos três principais responsáveis por sua modernização, que são o frei dominicano Nazareno Confaloni e o artista de origem paulista Dirso José Oliveira, conhecido como D. J. Oliveira. O terceiro, Cleber Gouvêa só chegaria a Goiânia na passagem da década de 1950 para a de 1960, passando a atual como professor em 1961.
Entre as várias formas de expressão artística desenvolvidas a partir de então, despertam maior interesse a pintura sobre tela e os processos de impressão desenvolvidos com base na xilogravura, na litogravura e gravura em metal. E é bom que se diga que os processos de impressão sempre despertaram interesse entre os goianos, chegando alguns artistas a preferirem essa a qualquer outra técnica. Dinéia Dutra tem praticamente toda a sua produção elaborada no processo de gravura em metal, ZéCèsar, após utilizar esse mesmo processo à exaustão, dedicou-se à experimentação com outros materiais para a elaboração de matriz, mas sempre trabalhando com técnicas de impressão. Podem ainda ser citados os nomes de Filomena Gouvêia e Fabiana Queiroga na gravura em metal e xilogravura, Tai Hsuan-An, que além da pintura trabalha também com xilogravura, tendo produzido algumas serigrafias na passagem da década de 1980 para a de 1990 e, Ricardo Junqueira e Vinícius Yano que se dedicam basicamente à impressão em xilogravura.
A forma de impressão elaborada pelo processo serigráfico passa a ter seu lugar, entre os artistas goianos inicialmente no decorrer da década de 1970, de forma rudimentar e acanhada e, depois, com maior intensidade na de 1980 quando, quebrando os preconceitos existentes sobre tal processo, vários artistas começaram a dedicar parte de seu trabalho a essa forma de impressão. D. J. Oliveira, que já trabalhava com gravura em metal e xilogravura chega mesmo a produzir a mesma imagem em mais de um processo, como a calcografia e a serigrafia. Outros ainda, como Fernando Costa Filho, finalizada a impressão fazem interferências pontuais individualizadas em cada uma das cópias.
No entanto, pouco se fala e menos ainda se escreve sobre essa forma de produção, no desenvolvimento da arte goiana. Praticamente todos os artistas de renome em atividade principalmente na capital já se utilizaram dessa forma de impressão, principalmente após o estabelecimento no Estado, de um dos mais renomados e competentes serígrafos brasileiros – Daniel Messias da Costa – responsável por trabalhos em serigrafia para artistas como, entre outros, Cícero Dias, Carybé, Bracher, Fang, Manabu Mabe, Antonio Peticov e Gonçalo Ivo que, mesmo morando em Paris tem seus trabalhos em serigrafia elaborados no Brasil por dois especialistas no assunto, sendo Daniel Costa, um deles.

FORTE (Carlos Bracher)
Medida do papel: 70 x 55
Medida da mancha: 63 x 48
Tiragem: 48/100
Data: sem referência

O PROFESSOR 3 (Antonio Peticov)
Medida do papel: 50 x 70
Medida da mancha: 40 x 57
Tiragem: P. I.
Data: 2014

A presença de Daniel Messias da Costa em Goiânia a partir de 1983 foi de fundamental importância no que se relaciona à divulgação e aceitação do trabalho serigráfico tanto por artistas quanto por colecionadores. Temos com isso, desenvolvido em nosso meio artístico duas das três formas de elaboração da serigrafia artística: a serigrafia de adaptação e a de reprodução, lembrando que poucos são os trabalhos de serigrafia artística desenvolvidos dentro das características do terceiro modelo, denominado de serigrafia original. Nessa última forma podem ser citadas as atuações de Selma Parreira, Fernando Costa Filho e Nancy Melo.

ATELIÊ DO ARTISTA (Fernando Costa Filho)
Medida do papel: 70 x 50
Medida da mancha: 62 x 40
Tiragem: 15/50
Data: 2014

SEM TÍTULO (Selma Parreira)
Medida do papel: 70 x 50
Medida da mancha: 60 x 40
Tiragem: 1/1 P. I.
Data: 1988

Assim, o objetivo desse trabalho é documentar a parte da produção artística de Goiás voltada para esse processo, mostrando a atuação de artistas como Antonio Poteiro, Elder Rocha Lima, Alexandre Liah, Siron Franco, Marcelo Solá, Alberto Tolentino, Cleber Gouvêa e D. J. Oliveira, entre muitos, muitos outros que, buscando novas formas de expressão, optaram por trabalhar com uma técnica considerada menor tanto por artistas quanto por colecionadores e críticos, mas que, nas últimas décadas tem se mostrado portadora de grandes possibilidades estéticas e criativas.

CARACÓIS (Cleber Gouvêa)
Medida do papel: 70 x 50
Medida da mancha: 50 x 39,5
Tiragem: 76/95
Data: sem referência

FIGURA FEMININA DOMINADORA (Alberto Tolentino)
Medida do papel: 60 x 72
Medida da mancha: 50 x 50
Tiragem: 71/88
Data: sem data

O BLOG da Galeria P. A. Gravuras é um espaço criado para informação e venda direta de trabalhos de arte produzidos dentro dos vários processos de impressão na forma de gravura. Aqui serão fornecidas informações técnicas sobre os vários processos de elaboração de gravura, além da disponibilização de obras para comercialização. O contato para aquisição pode ser feito através do e-mail pa.gravuras@gmail.com e o pagamento será feito por depósito bancário, sendo a entrega feita via SEDEX ou por retirada pessoal.

sexta-feira, 16 de junho de 2017

DINÉIA DUTRA

Dinéia Dutra nasceu em Goiânia-GO e faleceu na mesma cidade aos 34 anos. Iniciou seus estudos no Instituto de Artes (UFG) em 1975, graduando-se no ano de 1978 em Artes Visuais com especialização em gravura. No Instituto, foi aluna de Cleber Gouvêa e fez parte do grupo de artista que sempre frequentou o atelier de D. J. Oliveira, tendo a oportunidade, com esse convívio, de aprimorar sua técnica de gravura em metal.

 O CASAL
Técnica: gravura em metal
Medida do papel: 56 x 46
Medida da mancha: 42,5 x 30
Tiragem: vários/60
 Data: 1981
Valor: R$ 600,00

NETUNO
técnica: gravura em metal
Medida do papel: 66 x 37
Medida da mancha: 42 x 30
Tiragem: vários/40
 Data: 1982
Valor: R$ 600,00

SEREIA
Técnica: gravura em metal
Medida do papel: 66 x 37
Medida da mancha: 42 x 30
Tiragem: vários/40
 Data: 1982
Valor: R$ 600,00

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segunda-feira, 12 de junho de 2017

CARLOS AZEVEDO LEÃO

Nascido no Rio de Janeiro em 1906, Carlos Leão formou-se em arquitetura em 1931, tendo participado da equipe que projetou a sede do Ministério da Educação, ao lado de Lúcio Costa (de quem foi sócio) e Oscar Niemeyer, entre outros arquitetos de projeção nacional e internacional. Como artista atuou como pintor, desenhista, aquarelista e gravador. Faleceu na mesma cidade do Rio de Janeiro em 1983.

SEM TÍTULO
Técnica: litogravura
Medida do papel: 37 x 52,5
Medida da mancha: 37 x 52,5
Tiragem: 23/50
Data: sem referência
valor: R$ 600,00

NU
Técnica: litogravura
Medida do papel: 37 x 52,5
Medida da mancha: 37 x 52,5
Tiragem: 57/100
Data: sem referência
Valor: R$ 600,00

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sexta-feira, 2 de junho de 2017

D. J. OLIVEIRA

Nascido em Bragança Paulista/SP em 1932, Dirso José de Oliveira foi pintor, gravador e cenógrafo, além de professor atuante na Escola de Belas Artes de Goiás, precursora da Escola de Arquitetura da PUC-GO.
Em 1948 mudou-se para São Paulo, onde passou a trabalhar como assistente em pinturas murais e cenografia. Em 1956 transfere-se para Goiânia, onde montou ateliê e começou a lecionar xilogravura na Escola de Belas Artes. Seu ateliê passou a ser uma referência para os novos artistas locais, como Roos, Siron, Iza Costa, Ana Maria Pacheco e Dineia Dutra.
Em 1973 transfere residência para Luziânia, no interior do estado, onde vive até seu falecimento em 2005. Dentre seus temas preferidos para a elaboração de gravuras - metal, xilogravura ou serigrafia - estão as figuras de D. Quixote e Sancho Pança.

D. QUIXOTE E SANCHO PANÇA
técnica: serigrafia
Medida do papel: 50 x 70
Medida da mancha: 40 x 55
Tiragem: 86/100
Data: sem data
Valor: R$ 800,00

DOM QUIXOTE E SANCHO PANÇA
técnica: serigrafia
Medida do papel: 50 x 72
Medida da mancha: 39 x 55
Tiragem: 58/70
Data: sem data
Valor: R$ 800,00

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